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☼ a ALEMANHA, a ISLÂNDIA e o CROMO da BURROLÂNDIA ☼

 Luis Peres 
Porto 


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RiseUP Portugal.


O Alemão ! 
A ALEMANHA, A ISLÂNDIA E O CROMO DA BURROLÂNDIA


Aposto que não conhece a figura, bem apessoada por sinal, da fotografia, nem nunca ouviu o seu nome sequer. 
Chama-se Bruno Maçães e é o até agora escondido (deviam ter vergonha dele) secretário de Estado dos Assuntos Europeus. Se agora ouvimos finalmente falar dele, é pelas piores razões: na Grécia, onde foi em visita oficial, recusou liminarmente a ideia de uma frente comum, do Sul da Europa, contra os interesses e os caprichos hegemónicos alemães. 
Fez de tal forma a defesa da sua dama que, por lá, ficou conhecido por "o alemão". Por cá ficou conhecido também, mais um a juntar a tantos que nos indignam e repugnam. E porque lhe falta em vergonha o que lhe sobra em subserviência, tendo mais a mais desprezado a sobriedade que se exige a um membro do governo, mesmo que clandestino como o foi até hoje, vem Maçães escrever no twitter, para deleite dos seus comparsas:
-"A esquerda grega chama-me 'alemão'. Oh não!" Mas, enquanto os nossos governantes baixam as calcinhas e mostram o rabo a Merkel, quiçá para lhe mostrar como o trazem lavadinho e enxuto, como novo, os islandeses vêm provar, mais uma vez, que outros caminhos são possíveis e que a subjugação aos ditames alemães nos envergonha a todos nós, portugueses, tratados como seres menores de uma burrolândia cheia de bestas de carga, daquelas que morrem a trabalhar por um fardo de palha. O governo islandês aprovou um perdão de dívida a todos os habitantes do país, traduzido num corte de 24 mil euros nos créditos à habitação de cada família.
Claro que, em Portugal, vozes de Césares e Camilos se ergueriam vociferantes, porque uma medida dessas representaria o aumento da dívida externa portuguesa, um escândalo, uma insanidade! 
Puro logro: o estado islandês não gasta um tostão do erário público, esse valor será totalmente financiado por impostos a aplicar aos bancos e fundos de gestão que faliram com a crise. Ai, diriam os Césares e Camilos, ai que isto é um roubo, um atentado à propriedade privada, uma medida digna de bolchevistas, uma vergonha, uma tragédia! Passos, Portas e quejandos concordam. 
Até hoje, não beliscaram os bancos nem as grandes empresas. 
Têm sido financiados pelo povo através de "generosos descontos" nos salários e pensões e em "colossais aumentos de impostos". Por aqui se vê a força do PC (leia-se, claro, Passos Coelho)! As agências de notação e o FMI já vieram, a exemplo dos Césares e Camilos da burrolândia, declarar a sua indignação e discordância com a decisão islandesa. Os burros de Miranda ainda não se pronunciaram. Quanto a Maçães, aguardamos a todo o momento um zurro no twitter. 
por: Manuel Cruz
 http://ouropel.blogspot.pt/