Barreiro
Na verdade, o País sempre esteve a abarrotar de tordos...
Pois é… quem semeia ventos, colhe tempestades… ah ah ah ah ah ah
Tenho andado tão cheia, tão indignada (e intrigada!!!) com a fantochada dos Tordos e sinto agora que não estou só.
Com tantos anos de trabalho aquele pobre homem tem uma reforma de miséria??? Como assim?
Eu sei como foi: descontos… tá quieto, ‘’quem os fez que me pague a pensão!’’
É assim que esta gente pensa e age. E são muitos. E nós pagamos e pagaremos.
E tanta publicidade??? Para quê e porquê??
Ele sai e é notícia, o filho escreve e é notícia, ele responde e é notícia; Arre porra que é demais!!
E será que não foi embora pelas mesmas razões que o saramago?
É que o Fisco anda aí…
É pena, ser anónima.
«Recado ao João Tordo»
De filha que sou para filho que és.
Quando eu nasci o meu pai estava em Rio Maior.
Quando fui para a primária o meu pai estava na Suíça.
Quando eu estava no ciclo o meu pai estava em Viana do Castelo.
Quando eu estava no secundário o meu pai estava no Algarve.
Quando eu estava na faculdade o meu pai estava na Alemanha, França, Espanha, Roménia...entendes isto?
João, tenho 33 anos e cresci assim. A ver o meu pai sazonalmente.
Não, o meu pai não é músico nem propriedade intelectual deste belo país.
O meu pai é serralheiro.
Sabes quando vens ao Porto e atravessas a ponte D. Luís de metro? Foi ele!
Sabes as refinarias em Matosinhos ou Sines que te permitem teres combustível para abasteceres o teu carro? Foi ele!
Sabes os barcos que durante anos saíram dos estaleiros de Viana? Foi ele!
Se a “obra” do meu pai é tão bonita quanto a “Tourada” do teu isso não sei dizer. Sei-te dizer que te entendo. Mas também te sei dizer que as costas de Portugal não podem ser assim tão largas.
O teu pai corajoso foi tentar uma vida melhor no Brasil.
O meu já está batido nisso.
Não vejo ninguém indignado pelos milhares que como o teu pai e o meu são obrigados a sair deste país que nada oferece.
O teu pai ainda tem 2 reformas.
O meu ainda trabalha no duro e desconta.
Sabes deixa-os ir.
É difícil mas sobrevive-se. E o choradinho nunca levou ninguém a lado algum.
P.S. O meu pai está neste momento no Brasil. Se o teu pai quiser trabalhar, que lhe ligue. Pode ser que se arranje qualquer coisa.» o meu comentário:
Envio tal e qual recebi, mas que subscrevo integralmente.