Major
Valentim dos Santos de Loureiro
Foi recentemente condecorado com a Grã Cruz da Ordem do Infante D.
Henrique, por Cavaco Silva, por motivos referentes aos seus
"serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, pelos serviços
de expansão da cultura portuguesa, sua história e seus valores".
Ora
aqui temos mais um exemplar dos que muito contribuem para a nossa desgraça. Apetece-me
citar o esclarecido Professor Paulo Morais quando diz que neste país se
atribuem condecorações a quem se deveriam colocar algemas.
UM GRANDE PORTUGUÊS, segundo Cavaco Silva !!!
DE FACTO CAVACO SILVA DEVE DE ESTAR CHONÉ !!! ESTA É MAIS UMA DAS
VERGONHAS EM QUE ESTE SENHOR É PROTAGONISTA , É MESMO UM ESCÂNDALO NACIONAL !!
Juntou-se
ao exército sobre o regime Salazarista, tendo completado o curso da Academia
Militar na especialidade de Manutenção Militar, onde já era conhecido
pelas suas habilidades !
Anos
depois, já capitão, foi julgado e condenado em tribunal militar por
andar a roubar no preço das batatas que comprava para o exército em Angola.
Foi também condenado por roubar as rações do
exército para lucro próprio (ficando posteriormente conhecido por muitos como o
"Capitão Batata").
Foi expulso, com desonra, do exército.
Depois
do 25 de Abril e, sem qualquer pedaço de vergonha, muito típica nele, pede
a readmissão invocando que tinha sido expulso por motivos políticos, pedindo igualmente a promoção a major,
cargo que ocupavam os seus colegas da Academia!
O
oficial que apreciou o pedido de readmissão impõe como condição para a
promoção a major, se passar imediatamente à reserva, em virtude da vergonha de
todo o seu processo, que nunca teve nada de político, mas sim de expulsão
vergonhosa.
É
promovido e sai logo, o que não era normal aos militares de carreira!
O seu processo militar, misteriosamente desapareceu !
Ninguém,
ou talvez não, sabe para onde foi.
Desviou, alegadamente, 40.000 contos do BCP com uma transação com um cheque
em dólares americanos sobre um banco que não existia.
Como
cônsul "honorário" da Guiné-Bissau usou esse título para,
alegadamente, falsificar certidões de nascimento de jogadores e
potenciais jogadores de futebol, que comprou e vendeu numa tipologia de negócio
pouco digna.
Na
política, foi militante do Partido Social-Democrata, tendo sido presidente da
Comissão Política Distrital do PSD/Porto.
Assumiu
um papel activo quando em 1993 aceitou ser candidato à Presidência da Câmara
Municipal de Gondomar, vencendo as eleições desse ano, e as de 1997 e 2001.
Após
ser desfiliado do PSD por ser acusado de práticas ilícitas enquanto autarca, venceu novamente as eleições de 2005,
com a lista independente "Gondomar no Coração", que alcançou 57,5%
dos votos (como dizia Brito Camacho "os ricos ao poder, são ricos roubam
menos")
Ficaram
célebres as campanhas que organizou, pela oferta de electrodomésticos em troca de votos.
Foi
ainda Presidente da Junta Metropolitana do Porto, entre 2001 e 2005 e
Presidente do Conselho de Administração da Empresa Metro do Porto, S.A.
(administração cheia
de dívidas).
Enquanto
presidente da Câmara de Gondomar, comprou por um milhão de euros, um terreno
agrícola que, pela sua localização indiciava uma mais valia, inclusivamente, a
sua conversão em terreno urbano, que passado pouco tempo e no exercício
daquelas funções, vendeu à Administração da Empresa Metro do Porto, SA, de
capital maioritariamente do Estado, por cinco milhões de euros. Quem ficou com
os quatro milhões do lucro? Nada se investiga e este pobre e manso povo é que
paga. Sim, porque é na teta do Estado (todos nós) que mamam os que estão sempre
contra o Estado!!! Importa referir que a administração desta empresa era
constituída por gente do PSD, da mesma família política de Valentim Loureiro.
Em Julho de 2008 foi sentenciado a 3 anos de prisão com pena
suspensa, no âmbito do processo judicial conhecido como Apito Dourado.
Foi recentemente condecorado com a Grã Cruz da Ordem do Infante D.
Henrique, por Cavaco Silva, por motivos referentes aos seus
"serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, pelos serviços
de expansão da culturaportuguesa, sua história e seus valores".
Um
gesto inaceitável, tendo em conta o historial negro do indivíduo.
Isto
nada abona a favor do nosso país e mostra que somos um povo masoquista,
passivo, castrado pela ditadura do capitalismo e desinformação veiculada pela
comunicação social ao seu serviço, que nada faz para o seu próprio bem futuro.
Na
minha terra, diz-se que que "quem se não sente não é filho de boa
gente". Mas será que todo o povo não é filho de boa gente? Pelo que espera
para acabar com os bandidos? Que tudo lhe caia do céu?